Como canta Adriana Calcanhoto, “eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome”. Não sei o nome de todas as cores, mas isso não impede que me pintem, que me manchem.
Se misturam em mim e me tingem em cores que não têm nome.
Me misturo de corantes e aglutinantes e me transformo em tinta. Sou tinta gente.
Eu vivo entre matizes, entre nuances. Na minha paleta coloco as cores que busco no mundo: intensidade, realce, brilho, vivacidade, energia.
Eu junto fragmentos, coleciono gente com cores diferentes, e construo o meu caleidoscópio: de misturas heterogêneas, de composições improváveis, de arranjos infinitos.
Eu vivo entre tons, entre cores, entre Fabi e Telma.
Fabi é aquarela; Telma, pintura a óleo. Telma é pincel; Fabi, spray. Fabi é litogravura; Telma, xilo. Fabi é perspectiva; Telma, sfumato.
Se apenas fruísse eu já seria grata por poder ver e viver em meio a tanta sensibilidade, beleza e cor.
Mas quis o acaso, o das descobertas fortuitas e felizes (se-ren-di-pi-da-de), que eu, buscando mais luz para a minha vida, me borrasse de Fabi e Telma e agora, nós três juntas seguimos entretons, entrelaçadas, entre territórios.
Piti
Pitiiiiii que tons fantásticos você uniu à sua paleta de cores. A isso, pode somar risos, trabalho e sucesso em seu caminhar. Que delícia tudo isso!!!! Muitos Vivassssss!!!!